sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Combustível

Uma grande dúvida que muita gente tem é se por acaso um avião é desviado da sua rota, ou é posto à espera, não irá ficar sem combustível até aterrar?
Antes de se começar um voo, a tripulação recebe os planos de voo para o dia, assim como a meteorologia e toda a informação relativa aos aeroportos (o de saída, o de chegada e todos os alternativos em rota e à chegada). Nessa altura e com base em toda a informação, decide-se se é preciso fazer alguma alteração ao combustível mínimo para o voo. E o que é o combustível mínimo?
Na Europa, toda a aviação é regida por uma organização europeia, a EASA, desenvolve regras de segurança comuns a nível europeu. Monitoriza igualmente a aplicação de normas mediante inspeccões nos Estados-Membros. A EASA entende que combustível mínimo é:
  • O necessário para arrancar os motores do avião, e deslocar-se por os seus próprios meios até à posição de descolagem:
  • O combustível para a descolagem, rota, aproximação e aterragem:
  • 3 ou 5 porcento do ponto anterior, para desvios na rota:
  • O combustível necessário para ir do aeroporto de destino para um alternativo (incluindo subida, rota e aterragem), escolhido antes do voo começar:
  • 30 minutos de reserva de emergência.
Depois das contas todas feitas com dados de ventos e rotas actualizados, é chegado ao valor do combustível mínimo. Se houver condições espectáveis de mau tempo ou de longas esperas à chegada (Londres é um bom exemplo), a companhia automaticamente adiciona combustível extra que acha necessário para a condução do voo. Neste momento, a tripulação (comandante do voo) decide se o valor é suficiente para a segura condução do voo. Se não o achar, o comandante é livre de adicionar o combustível que achar necessário.
No fim de contas, como é a tripulação técnica a última responsável pela condução segura do voo, não existem entraves (que não os operacionais) ao combustível extra que uma tripulação leva.